terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NA SEQUENCIA...

Os trabalhos se sucedem, nascem na ideia ou no gesto, são imaginados, imagens vistas na natureza que acabam por serem recorrentemente aprisionadas e recriadas. A importância da cor, suas variações sutis ou não, contrastantes, mas sempre definindo a intenção do que tenho a dizer.


Cassiano Pereira Nunes
Depois do verão, 2011
aquarela s/papel, 15 x 21 cm


Cassiano Pereira Nunes
As matas XIII-Lorena, 2011
aquarela s/ papel, 24 x 33,7 cm

domingo, 23 de dezembro de 2012

ANOTAÇÕES


Permanentemente faço fotos e anotações gráficas de impressões que fatos e lugares me provocam e instigam minha memória e meu repertório poético.  São registros que acabam, frequentemente, tornando-se estudos, motivos e/ou temas para outros trabalhos.
Eis alguns deles.

Jardim Botânico- São Paulo


Aracaju, SE
 


Campus USP - São Paulo


Por do sol -São Paulo

sábado, 22 de dezembro de 2012

POÉTICA DA COR


Algumas gravuras e aquarelas mostradas na exposição
Poética da Cor organizada por Altina Felício
no Espaço Cultural 2 do Parque da Água Branca em São Paulo. 


Cassiano Pereira Nunes
As matas XI, 2011
água forte e água tinta, 10 x 9,3 cm


Cassiano Pereira Nunes
Verão verde I, 2010
aquarela s/ papel, 15 x 21 cm


Cassiano Pereira Nunes
As matas XI, 2011
aquarela s/ papel, 36 x 50 cm


domingo, 2 de dezembro de 2012

Mas se todos os artistas da terra parassem...


A Importância da Arte

A arte é, provavelmente, uma experiência inútil; como a “paixão inútil” em que cristaliza o homem. Mas inútil apenas como tragédia de que a humanidade beneficie; porque a arte é a menos trágica das ocupações, por que isso não envolve uma moral objetiva. Mas se todos os artistas da terra parassem durante umas horas, deixassem de produzir uma ideia, um quadro, uma nota de música, fazia-se um deserto extraordinário. Acreditem que os teares paravam também, e as fábricas; as gares ficavam estranhamente vazias, as mulheres emudeciam.
A arte é, no entanto, uma coisa explosiva. Houve, e há decerto em qualquer lugar da terra, pessoas que se dedicam à experiência inútil que é a arte, pessoas como Virgílio, por exemplo, e que sabem que seu silêncio pode ser mortal. Se os poetas se calassem subitamente e só ficasse no ar o ruído dos motores, porque até o vento se calava no fundo dos vales, penso que até as guerras se iam extinguindo, sem derrota e sem vitória, com a mansidão das coisas estéreis. O laço da ficção, que gera a expectativa, é mais forte do que todas as realidades acumuláveis. Se ele se quebra, o equilíbrio entre os seres sofre grave prejuízo.
Agostina Bessa-Luís in Dicionário Imperfeito 


Agostina Bessa-Luís
escritora portuguesa (1922- ) uma homenagem


Cassiano Pereira Nunes
As matas XI, 2011,
água forte e água tinta, 9,6 x 9 cm

Esta gravura participou de I Bienal Internacional de Grabado de Pequeño Formato - Francisco “Paco” Urondo 2011, Centro Cultural Francisco Paco Urondo da Facultad de Filosofia y Letras de la Universidad de Buenos Aires, Argentina.